Ponte Miocárdica
O trajeto intramiocárdico de uma coronária epicárdica é
denominado de Ponte miocárdica. Esta é uma condição congênita, que foi descrita
pela primeira vez por Reyman, em 1737.
Os feixes de miocárdio envolvem um segmento de artéria coronária, levando a compressão de um segmento desta, durante a sístole ventricular, sendo reversível na diástole.
A ponte miocárdica é assintomática na maioria dos pacientes, mas pode se manifestar como angina pectoris (dor no peito), isquemia miocárdica (baixo fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco) e até mesmo com apresentações clínicas mais graves, como o Infarto, arritmias, podendo inclusive provocar morte súbita.
A angiotomografia computadorizada é o exame não invasivo mais confiável e sensível a ser utilizado para o diagnóstico, sendo o cateterismo considerado o padrão "ouro" para o diagnóstico.
O tratamento geralmente é feito com medicamentos betabloqueadores, em raros casos, pode ser indicado o tratamento intervencionista ou até mesmo cirúrgico.
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Cineangiocoronariografia:
- Na foto a esquerda nota-se estreitamento no terço médio da Artéria Descendente Anterior (sístole);
- A direita vaso com diâmetro normal (diástole).
![](https://9bbfb75ca6.cbaul-cdnwnd.com/0da235e88f9b91830a319c91f9d1afa9/200000054-b3ccbb4c64/angiotcponte.jpg?ph=9bbfb75ca6)
Angiotomografia do mesmo paciente mostrando o trajeto intramiocárdico da artéria Descendente Anterior.